segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Paixão passageira por um abajur

Eu juro que tento não comprar as coisas, mas parece que elas ficam me chamando nas vitrines, implorando para que eu as leve comigo. Neste feriadão fui a Natal para um batizado. É claro que não poderíamos deixar de ir ao shopping, com a desculpa de tomar um café na siciliano (e eu nem bebo café), e foi então que um abajur piscou para mim.

Instantaneamente começou aquele conflito interno - levo ou não levo - não resisti e dei uma entrada só para conferir o preço, já que na frente da loja havia a palavra mágica "LIQUIDAÇÃO". E lá estava ele, lindo, com a base branca de cerâmica, estilo retrô e a cúpula com um tecido bege e branco, acetinado, perfeito! O preço não estava assim convidativo, R$280,00. Tá certo, nem era tão caro, mas para quem está no fim de uma reforma, contando os últimos centavos, ia pesar no bolso.

Saí da loja e fomos jantar, mas o "levo ou não levo" estava me consumindo. Eu jurava que tinha visto um daquele na última edicão da Casa & Decoração. Falei do meu dilema para o marido, que não gostou da idéia e achou desnecessário o abajur. Minha cabeça girava, imaginando ele na nova mesinha de canto. Apelei para a sogrona que estava comigo.

- Ei, me ajuda! Eu levo ou não levo???
- É lindo! Vai pôr aonde??
- Ah, naquela mesinha nova...
- Mas na mesinha nova não já vão os três vasos novos?

É que comprei um conjunto de vasos lindos para usar na mesinha, mas como ainda não usei nada, porque a casa está um caos de poeira e móveis de cabeça para baixo, acho que os apaguei da mente.

- Ah, é mesmo!
- Leva não! - ela disse por fim.

E eu saí tão aliviada! Isso é coisa de doido, não?

O fato é que não levei o abajur, masssssss acabei encontrando hoje um edredon muito bonito, de linho e algodão entrançado, superdiferente, e acabei comprando. Valeu a pena!


Reforma terminou, ao menos a parte dos pedreiros. Amanhã vão instalar as bancadas e medir os espelhos.

As paredes estão emporcalhadas e eu procuro um pintor desesperadamente!!

Uma sensação muito estranha de pós-reforma anda me assombrando.

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